Carta de vinhos: como elaborar e impressionar seu cliente

Leia este artigo para aprender tudo sobre carta de vinhos: o que é, como fazer a sua, quais opções incluir e como harmonizar com a comida. Aproveite para conferir um modelo e exemplos de cardápios também!

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Carta de vinhos

Para fazer uma carta de vinhos para o seu restaurante, você precisa pensar nos pratos apresentados no cardápio e nas preferências do seu público-alvo. É importante considerar pelo menos três opções de vinho tinto, outras duas ou três de vinho branco e mais duas ou três da versão rosé da bebida.

Tem quem ofereça vinhos específicos para a sobremesa também! Eles costumam ser mais doces e são feitos de uvas que nem sempre caem bem com pratos salgados.

Outro ponto para levar em consideração é o ticket médio: quanto os consumidores costumam gastar quando frequentam o estabelecimento e quanto você espera que eles gastem por mesa ou por pessoa? Pensar sobre isso vai ajudar na precificação adequada.

Tudo o que você precisa saber está neste artigo e as curiosidades e informações, além de caírem muito bem com uma boa taça de vinho, vão trazer resultados positivos para a reputação e o caixa do seu restaurante no final do mês. Leia mais!

Tudo sobre carta de vinhos para restaurante

Neste artigo, você descobre o que é e como fazer uma carta de vinhos, acompanha alguns exemplos que podem funcionar como inspiração e encontra até um modelo para ter se quiser usar como base.

E, lá no finalzinho, tem uma tabela de harmonização para fechar com chave de ouro.

O que é uma carta de vinhos?

Considere a carta de vinhos um guia para consumidores que vão ao seu estabelecimento e querem, mais do que comer os pratos e as sobremesas disponíveis no menu do restaurante, harmonizá-los com uma boa bebida.

Faça a sua pensando em agradar o paladar e o bolso dos clientes e, ao mesmo tempo, possibilitar uma food experience na qual os diferenciais dos alimentos, seus sabores e aromas sejam priorizados e enaltecidos.

Como fazer uma carta de vinhos?

Elabore a sua carta de vinhos ponderando os seguintes fatores:

  • capacidade da sua adega;
  • público-alvo e ticket médio; e
  • harmonização com os pratos oferecidos no estabelecimento.

A carta não precisa ser gigante, mas deve oferecer espumante(s) e, pelo menos, duas ou três alternativas de vinhos tinto, rosé e branco, além de dar ao cliente a opção de escolher uma taça única para degustar ou a garrafa.

Hoje em dia, vender vinhos importados e nacionais e/ou orgânicos também pode representar um grande diferencial.

Se você não quiser contratar um sommelier para trabalhar todos os dias no seu restaurante, pague por uma consultoria especializada e receba ajuda mesmo que seja somente no momento de listar as alternativas.

Um consultor pode ajudá-lo(a) a capacitar seus garçons para oferecer a melhor bebida de acordo com o que for escolhido pelos clientes para comerem em cada refeição, mas, com ou sem ele, existe um passo a passo que vale a pena seguir. Confira adiante.

6 passos para fazer carta de vinhos de restaurante

Preocupe-se com layout, ordenação das opções, explicação e descrição de cada vinho, diversidade e informações extras e você terá a carta de vinhos perfeita!

1.  Desenvolva o layout

Com base na identidade visual do seu estabelecimento, pense no layout da carta de vinhos já assumindo que ela deve ser parecida com o cardápio digital ou físico que você apresentar aos clientes.

Escolha as principais cores e fontes que serão usadas no design da carta, considerando a psicologia das cores do cardápio e pense em como você apresentará os valores. Lembre-se de deixar clara a diferença entre taças e garrafas.

Você pode fazer tudo sozinho(a), usando plataformas online, ou contratar um designer.

2.  Faça uma lista com todas as alternativas de vinho que pretende oferecer

Não é necessário listar exatamente o nome de cada opção, mas pelo menos elencar as uvas que compõem todas as alternativas e se o vinho é tinto, branco ou rosé, nacional ou internacional, tradicional ou orgânico.

Aproveite para listar os valores também (de taça e garrafa).

Cuidado! Alguns vinhos só valem a pena se vendidos em garrafa, então, atenção na hora de fazer precificação do cardápio: evite prejudicar o seu faturamento oferecendo-os em taças.

3.  Ordene as opções

Para apresentar suas alternativas, comece pelos vinhos da região e do país onde fica o seu restaurante, em seguida, traga os que correspondam à culinária oferecida pelo food service (italianos, se o restaurante for italiano, por exemplo).

Sempre atenha-se à seguinte ordem, de cima para baixo, da carta:

  • espumantes;
  • brancos;
  • rosés;
  • tintos;
  • de sobremesa – servidos em dose e não em taça; e
  • digestivos (licores, na maioria das vezes).

Nem todos os gestores optam por servir todos os itens da lista, já que o importante é vender aqueles que harmonizem com o restante do menu.

4.  Apresente alternativas de pratos que harmonizem com os vinhos

Algo que os seus clientes com certeza vão apreciar bastante é um cardápio de vinhos que já tenha a dica de refeição que faça uma harmonização perfeita.

Isso vale principalmente para os consumidores mais leigos, que apreciam tomar uma taça de vinho vez ou outra ou buscam um espumante especial para comemorar ocasiões.

Se você tiver a ajuda de um sommelier consultor na hora de montar a sua carta, aproveite e peça algumas ideias! ✅

5.  Aposte no certo!

Para não passar aperto, tente oferecer:

  • entre dois e quatro tipos de espumantes, como o nacional, o famoso champanhe e o Prosecco e uma alternativa rosé, em taças com 187 ml de líquido;
  • pelo menos dois vinhos brancos – Chardonnay e Sauvignon Blanc ou semelhantes;
  • entre três e cinco vinhos tintos – Cabernet ou Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Syrah, Pinot Noir ou algum com blend de uvas; e
  • pelo menos uma alternativa de vinho para sobremesa – do Porto, Jerez ou Sauterne, servido em dose de 50 ml.

E em cartelas de vinho? As cartas menorzinhas?

Todos os critérios valem para elaborá-las.

Aliás, a maioria das premiações e dos reconhecimentos de sommeliers e restaurantes nem leva mais em consideração o tamanho das cartas, mas prioriza harmonização, valores, quantidade de importadores e clareza nas descrições, entre outros quesitos.

É o caso da avaliação realizada pelo “The World’s 50 Best Restaurants”, ranking internacionalmente reconhecido.

6.  Não deixe de transmitir as principais informações

Por último, mas não menos importante, preze pela transmissão de informações que valem ouro para os amantes da segunda bebida mais antiga do mundo. Apresente na sua carta:

  • nome completo de cada opção;
  • variedade da uva;
  • ano da safra;
  • nome da vinícola e/ou produtor (opcional); e
  • graduação alcoólica (opcional).

Mencione ainda se o vinho é varietal – e tem pelo menos 75% da mesma uva na composição – ou D.O.C. (com Denominação de Origem Controlada) – produzido especificamente em determinada região.

Enfim, achamos que exemplos e um modelo podem dizer mais do que mil palavras. O que você acha?

Exemplos de cardápios de vinhos

Alguns restaurantes da cidade de São Paulo trazem grandes inspirações para cartas de vinho desenvolvidas ao redor de todo o território nacional. Destaque para o Huevos de Oro, que tem uma carta desenvolvida por duas grandes sommeliers, Cassia Campos e Daniela Bravin.

Também entram na lista: Arturito, Maní, Nelita, Varanda e A Casa do Porco, este último, eleito o 12⁰ melhor restaurante do mundo pelo The World’s 50 Best Restaurants em 2023. Todos os estabelecimentos citados pertencem à mais recente lista do próprio ranking das 10 melhores cartas de vinho da capital paulista.

Modelo de carta de vinho

Além dos nomes para anotar e conhecer, veja um modelo que pode trazer insights por aí.

Carta de vinhos

As opções trazidas no modelo existem de verdade no mercado, mas isso não quer dizer nada, viu? Fique à vontade para substituí-las por outras que achar melhor ou que estiverem disponíveis entre os seus fornecedores.

Para garantir combinações perfeitas, dá uma olhada na tabela abaixo!

Tabela de harmonização de vinhos e alimentos

A seguir, você encontra uma tabela de combinações que pode ajudá-lo(a) na montagem ou atualização da sua carta.

Vinho Harmoniza com
Espumante Vegetais
Pães
Peixes e frutos do mar
Queijos
Branco seco Vegetais (inclusive grelhados)
Pães
Peixes
Branco doce Queijos
Embutidos
Doces
Branco intenso Carnes brancas no geral
Frutos do mar
Pães
Queijos
Rosé Vegetais grelhados
Pães
Embutidos
Frango
Frutos do mar
Tinto claro Vegetais grelhados
Pães
Queijos
Embutidos
Carne vermelha
Frutos do mar
Massas com molho branco ou molho à base de queijo
Tinto médio Queijos
Carne vermelha
Embutidos
Massas com molho à base de tomate e carne vermelha
Tinto escuro Pães
Queijos
Doces
Para sobremesa Doces

Entre os brancos, os vinhos com uvas Pinot costumam ser mais secos e os com uvas Chardonnay mais doces. Entre os tintos, considera-se claro o Pinot Noir, por exemplo. O Merlot e o Carmenere podem ser tidos como vinhos tintos médios.

O vinho com uva Cabernet Sauvignon é considerado mais escuro por ser mais encorpado e Malbec e Syrah também entram na lista de tintos escuros.

Independentemente da coloração, quanto mais amadeirada a bebida, melhor ela harmoniza com carnes vermelhas e com um bom churrasco.

Depois de ler tudo isso, é só você colocar a mão na massa e – quem sabe – conversar com outros gestores de restaurantes para agregar sugestões e dicas. Pode acreditar que essa troca com quem está no ramo sempre tem o seu valor: palavra de especialista!

Continue acompanhando as dicas do blog Abrahão e avalie a possibilidade de trabalhar com um cardápio em tablet que permita a você atualizar e modificar a sua carta sempre que necessário e mesmo à distância, sem gastar um centavo com impressões.

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